Você já ouviu falar do locavorismo ou consumo local? Trata-se de um costume que tem virado tendência pelo mundo a fora e consiste em consumir apenas alimentos produzidos próximo ao lugar onde você está. Ou seja, dar preferência às comidas produzidas pelos produtores locais e não àqueles produtos do supermercado que, muitas vezes, viajaram vários quilômetros para chegar até você.
Por que consumir local?
Esta, na verdade, é uma atitude consciente e sustentável e ainda favorece sua saúde. É que a viagem que os alimentos fazem para chegar até você prejudica o meio ambiente (pela emissão de gazes poluentes pelos veículos) e, no caso de frutas e legumes, eles tendem a perder os nutrientes.
Além disso, os produtos locais, muitas vezes, são produzidos por pequenos produtores que utilizam menos adubos químicos. É mais saudável para quem come, menos prejudicial ao meio ambiente e ainda estimula a economia local.
Quem já é adepto?
Na gastronomia, diversos chefs conhecidos praticam o consumo local, resgatando os sabores dos alimentos produzidos por pequenos agricultores. No Brasil, um exemplo é o chef Alex Atala, que incentiva jovens profissionais e projetos de terceiro setor no país. Nos Estados Unidos, outro exemplo é o chef Dan Barber, adepto do movimento “farm-to-table”, oferecendo produtos frescos direto de sua fazenda.
Em países como Canadá, alguns empreendedores delimitam a área de proveniência dos alimentos, obrigando os distribuidores a comercializar produtos originados de um raio de 160 a 400 quilômetros do local de venda.
Como fazer parte disso?
Nas grandes cidades, o paradoxo entre tradição, saberes locais e um cenário em constante mutação é uma característica que desafia esse tipo de filosofia, mas hoje, existem diversas iniciativas que fazem um esforço de não só aproximar as pessoas dos produtores, mas de incentivá-las a produzir o seu próprio alimento.
Feiras de pequenos produtores, hortas urbanas comunitárias, clube de assinaturas como a Caixa Colonial… as grandes cidades brasileiras já sinalizam essa demanda e são inúmeras as iniciativas que promovem o cultivo do alimento perto de você e ainda estimulam uma relação mais íntima entre produtores e consumidores.
Estes exemplos resgatam, ainda, o uso de ingredientes regionais e promovem a criação de rede de pessoas que buscam pensar mais nos alimentos que chegam às nossas mesas.
Com informações de Caipirismo, Revista Metrópole e Junta Local